Grotesco    

Miguel Gustavo de Paiva Torres

Existem o mau, o feio e o grotesco, mas como classificamos quem cria artimanhas para infectar, adoecer e possivelmente matar as filhas e filhos dos outros? Postura tão absurda que tem despertado em muitos o sentimento de vingança, o desejo da doença e morte das filhas, filhos e netos de quem propõe a artimanha para ceifar vidas de inocentes.

Não é esse o castigo racional, mesmo porque acredito que, felizmente, essa gente canalha já vacinou sua criançada. Veja o exemplo do presidente. Alguém acredita que essa caricatura de Calígula no poder não tomou 200 doses de vacina, frouxo e boquirroto que é. Cão que ladra não morde.

Cuidam dos deles, mas a população continua a sofrer nas mãos desse grupo amorfo de ética, princípios e moral, que abandonou mais de 200 milhões de almas brasileira à própria sorte, numa forma grotesca de assassinato em massa.

Já não se trata do ovo da serpente gerando o fascismo e o nazismo, trata-se do ovo do dinossauro predador de todas as espécies vivas, inclusive dos nossos filhos e netos; da fauna e da flora, da terra, água e ar.

São os filhos de Lúcifer em ação: o Queiroga do lava pé e a Maíra do cabaré da saúde, queimando enxofre.

Como tem gente grotesca e no mundo, minha gente. Como tem gente hipócrita, dissimulada e sociopata caminhando, comendo e conseguindo dormir. É preciso estar atento e forte, cantava Caetano.

Não temos tempo de temer a morte. A nossa. A dos outros tememos: crianças, que são, na flor da inocência, arrastadas para a morte por irresponsáveis poderosos, feios e maus.

Grotesco. Caímos no grotesco. O país se transformou numa funda e cavernosa grota de malfeitores e assassinos de criancinhas.

Edberto Ticianeli

Jornalista e Produtor Cultural. Ex-secretário Estadual de Cultura. Editor dos sites História de Alagoas e Contexto Alagoas.

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