Toda a beleza do mundo: Expiração

Miguel Gustavo de Paiva Torres

A flor do cacto, vitória régia do barro
Olhando o sol no deserto dos teus olhos
A eternidade, azul celeste e ouro, dourado
Peixe que sai da água voando boto rosa
Caindo em seus braços,
Te levando para o fundo do mar; fundo da minha alma;
Lavando a areia do passado no futuro do presente; o Senhor do Bonfim, Oxalá, Vida
Flores amarelas beija flores sugando o mel dos teus seios, no raio do sol a pino,
Agreste e Sertão, teu olhar marítimo parece vela buscando o Norte no vento terral
Brisas do atlântico na umidade dos teus lábios molhados; areias movediças do desejo, encantamento da lua cheia na areia branca e lavada, ondas quebrando
Teus pés, fetiche das águas, cravando lanças, mirando estrelas, devaneio noturno
Esperando o sol sair outra vez, mais uma vez. Contando os dias, as horas, os segundos, no palco do teatro, por trás das cortinas vermelhas de veludo; 75 ou 7 mais 5 igual a doze.
Uma dúzia de amor. Multiplicada por toda a beleza do mundo.

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