Bolsonaro: um desastre anunciado
Jorge Vieira – Jornalista
O Brasil passa por uma das piores crises de toda a sua história! Destaca-se como referência o período depois do processo de redemocratização!
Antes, obviamente, o período que compreende de 1964 a 1985 foi comandado pela Ditadura Militar, que ficou marcado pela violência, desrespeito aos direitos humanos, crises econômicas e sociais e profunda desigualdade social.
A partir de 1985, considerando as diferenças políticas e ideológicas, a sociedade tomou as rédeas da situação e os governantes tiveram que atender aos apelos da maioria da população.
Olhando pelo retrovisor da história, destaco alguns aspectos desses governantes. Primeiro, o governo do presidente José Sarney, eleito pelo Congresso, o seu mandato ficou marcado por crises econômicas e sociais, mas também pela Assembleia Constituinte e a promulgação da Constituição Cidadã, em 5 de outubro de 1988, e a primeira eleição direita para presidente da República.
Em 1989, Fernando Collor foi eleito na esteira da onda neoliberal internacional, comandada internacionalmente por Ronald Reagan, E.U.A., e Margaret Thatcher, Inglaterra.
Promoveu o desmonte das estruturas públicas, arrocho salarial e aprofundamento das desigualdades sociais, provocando o seu impeachment. Com a crise econômica instalada, Itamar Franco assume, e marca seu governo pelo combate a hiperinflação e implantação do Plano Real.
Na avalanche da popularidade midiática das medidas econômicas, Fernando Henrique é eleito presidente e implementa a cartilha neoliberal da Escola de Chicago. Vale lembrar a sua famosa frase: “esqueçam o que disse e escrevi”.
Empolgado com o poder, rompe com o seu mentor, articula e negocia a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) para garantir a própria reeleição. Depois de 8 anos das políticas neoliberais, deixa o país em frangalhos, com alto índice inflacionário, desemprego e desigualdade social.
O Partidos dos Trabalhadores (PT), depois de duas décadas de combate às políticas liberais e de defesa da classe trabalhadora e, também, de três derrotas consecutivas, elege Lula presidente.
Seus governos são marcados pelo crescimento econômico, combate à desigualdade social e, também, pela ausência de reformas estruturantes, a exemplo da tributária, política e econômica. No entanto, com o alto índice de popularidade, emplaca sua ministra Dilma Rousseff, elegendo-a por duas vezes a primeira mulher presidente da República.
A consolidação das políticas públicas para a maioria da população provocou o ódio das elites dominantes, arregimentando a classe média conservadora, provocando o impeachment de Dilma Rousseff através da manipulação parlamentar, midiática e setores do Ministério Público Federal (MPF) e do poder Judiciário.
O golpe parlamentar favoreceu o fim das políticas públicas para a maioria da população, com aumento do desemprego e da ascensão do fascismo ao poder, representado por Jair Bolsonaro.
A sua política é um desastre em todas as áreas, a exemplo da economia, educação, ciência, planejamento, administração e saúde. A pandemia da COVID-19, ao contrário do que é veiculado pela chamada grande mídia, é somente a ponta do iceberg que conseguiu demonstrar a incapacidade e incompetência política e administrativa do ocupante número do Palácio do Planalto.
Com Bolsonaro à frente da presidência, o Brasil é um Titanic afundando na miséria, no desrespeito ao ser humano e a vida!