Tonho Caruaru, Pazuello e a Síndrome do Vaso Vago
Edberto Ticianeli
O ex-ministro Pazuello, militar com especialização em desabastecimento de vacina, oxigênio e verdades, viveu momentos difíceis durante o seu depoimento na CPI da Vacina, que foi interrompido para o seu atendimento por um médico.
Quem relatou os detalhes dessa situação foi o garçom do Senado, o discreto Tonho Caruaru, fonte insuspeita e incontestável do que ocorre nos bastidores daquela casa legislativa.
Segundo esse lídimo ex-morador do Alto do Moura, Pazuello saiu da audiência apressado em busca de um sanitário e entrou no primeiro que viu no corredor das salas das Comissões.
Nesse, os três vasos estavam ocupados. Deu “meia-volta, volver” e saiu resmungando.
Quando abriu a porta para o corredor estava terminando a frase “bom era no meu tempo no Amazonas, quando se fazia isso no meio do mato, na selva”.
Do lado de fora, sua assessoria, com alguns militares, respondeu na hora: “SELVA!”.
“Foi nessa hora que o homem começou a se desossar e foi arriando quem nem boneco de posto quando falta energia elétrica. Estava mais branco que perna de freira”, descreveu Tonho Caruaru.
Enquanto era socorrido pelo médico do Senado, Pazuello conseguiu ouvir dele alguma coisa como “síndrome vasovagal”. Na mesma hora confirmou o diagnóstico:
— Foi isso mesmo doutor, não tinha vaga no vaso!
Nesse exato momento, Tonho Caruaru passava ao lado equilibrando em uma das mãos uma bandeja metálica com meio metro de raio. Olhou para o ex-ministro no chão e, inadvertidamente, esbarrou na parede onde estavam os interruptores das luzes do corredor.
Em meio a escuridão, a bandeja foi ao chão provocando o som de um estampido de arma de fogo.
Panzuello, que já estava na última vela, desmaiou. Segundos depois, acordou sentindo um líquido quente escorrendo pela perna.
Em meio a escuridão e temendo o pior, apalpou o líquido, levou os dedos ao nariz e perguntou:
— Doutor, sangue fede?
— Claro que não!
— Então caguei-me, doutor!
ESSA É BOA!