A morte bate na sua porta
Miguel Gustavo de Paiva Torres
Olá amigas e amigos que não acreditam em vacinas. A morte bate na sua porta nesta véspera do novo ano de 2022. Talvez não leve vocês que já estão velhinhos e recolhidos em suas tocas e abrigos.
Certamente levará os filhos e filhas de seus filhos e filhas, tão entusiasmados que são vocês com a luta política e ideológica, passatempo que tomou definitivamente o lugar que era reservado ao jogo de gamão do tempo dos nossos tios e tios avós.
É assim mesmo: está escrito na Bíblia, no Alcorão, na Torá e nas estrelas, em um céu de verão, brilhando no firmamento.
A vida é um fluxo lógico e contínuo. Tudo passa e nada fica, como antes. Filosofia de botequim, inspirada nas chuvas passageiras das idades que se foram: infância, adolescência, juventude, maturidade e velhice.
O mundo está com as pernas para o ar e tudo, tudo vai ser diferente, como na canção romântica dos nossos anos dourados. Let It Be.
São as crianças de 5 a 11 anos que vocês preferem ver doentes ou mortas, não mais atirando o pau no gato porque não é politicamente correto atirar o pau no gato, numa roda infantil. Também não é politicamente correto, convicção, espetar agulhas e vacinar as vidas que poderiam ser vividas.
Você já viveu a sua. Agora você quer sombra e água fresca, balançando na rede.
Morrerão as crianças alheias, não a minha filha que já tem 12 anos, pensa, certo da impunidade cósmica e do seu credo pessoal, na sua turma, no seu grupo de assassinos ingênuos que são, brincando de matar os inocentes que nunca entenderam os adultos, a maldade e a crueldade, embevecidos que foram e são pela beleza da natureza e pela doce alegria da amizade e do amor.