A guerra da covardia

Miguel Gustavo de Paiva Torres

Coca Cola, cheeseburger e guerra a cores na TV do quarto e na TV da sala. Este é o limite da exclusão do espaço aéreo da Ucrânia permitido pela falsa moral cristã dos civilizados americanos e europeus.

Temem arrastar a América e a Europa Ocidental para uma guerra de extermínio nuclear com o satânico Doutor No sentado no trono do Kremlin.

Não adianta. A chantagem nuclear vai continuar e continuar e continuar. Mesmo com todas as sanções que deixam abertas as torneiras do gás e do óleo soviético para os Estados Unidos e Europa.

A sede de vingança de Putin não será saciada com a carne e o sangue dos ucranianos. A destruição física do país será uma boa oportunidade de negócios a serem oferecidos aos inimigos como oportunidade de fazer dinheiro com a reconstrução.

Putin já tem clareza. O Ocidente não topa uma guerra nuclear mesmo que seja apenas tática. Estão com medo. Borrados de medo. Como viver sem suas pequenas posses, prazeres e ambições. Não querem a morte dos seus filhos e filhas em defesa de povos considerados por eles bárbaros e brutos, que falam línguas incompreensíveis.

Assim, o caminho está aberto e os tanques vão rolar na Europa Oriental até chegarem de volta ao muro de Berlim como disse profético o jovem presidente Zelensky.

É uma guerra feita sob medida para assustar covardes. É uma guerra de reconquista territorial e subjugação de povos considerados inferiores.  Pelo Kremlin, sobretudo, mas também pela Estátua da Liberdade, Portão de Brandemburgo e Torre Eiffel.

A Ucrânia foi carniça jogada aos leões para aplacar a fome dos animais. Não vai aplacar. A fome é insaciável.

Edberto Ticianeli

Jornalista e Produtor Cultural. Ex-secretário Estadual de Cultura. Editor dos sites História de Alagoas e Contexto Alagoas.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *