Prêmio Caeté será entregue à museóloga Cármen Lúcia Dantas nesta quinta-feira
Instituído pelo Portal História de Alagoas (www.historiadealagoas.com.br), a honraria homenageia personalidades ou instituições que tenham atuado para a preservação do patrimônio histórico de Alagoas, esclarece o coordenador do projeto, jornalista Edberto Ticianeli.
“Nossa intenção é a de reconhecer publicamente quem tem empenhado esforços na valorização daquilo que tem significado histórico, material ou imaterial. Nessa primeira edição, a escolhida por uma comissão de historiadores foi a penedense Cármen Lúcia Dantas, uma guerreira em defesa do nosso patrimônio”, explica Ticianeli, que teve passagem pela Secretaria Estadual de Cultura.
O evento de premiação, com show da cantora Negra Gil, acontecerá nesta quinta-feira (11), a partir das 20h no Villa Club Pajuçara, situado na Rua Dr. Messias de Gusmão, ao lado do Curso Intensivo. A entrada é franca, mas com “adesão” no consumo.
Quem é Cármen Lúcia Dantas
Formada em Museologia pela UFRJ, em 1972, fez mestrado em Literatura Brasileira na UFAL, onde foi professora de História da Arte. Juntamente com Solange Lages Chalita ajudou a criar e esteve na direção do I Festival de Cinema de Penedo, em 1975.
Foi Presidente do Conselho Estadual de Cultura de Alagoas e marcou época como diretora do Museu Théo Brandão da UFAL, instituição que ajudou na sua reabertura após 14 anos sem funcionar. Coordenou o projeto de restauração do histórico palacete da Avenida da Paz.
Presidiu a Fundação Teotônio Vilela e foi a primeira Superintendente do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico) em Alagoas.
Foi ainda a responsável pela montagem do Museu do Paço Imperial de Penedo e do Memorial Raimundo Marinho — também em Penedo, do Memorial René Bertholet (Coruripe), do Museu de Arte Sacra Dom Ranulpho (Marechal Deodoro), além de outros tantos museus pelo Estado.
É membro fundadora do bloco Os Filhinhos da Mamãe, recebendo da agremiação o título de “Rainha dos Filhinhos”, em 2018. Em 2005 recebeu da Liga dos Blocos Carnavalescos de Maceió o título de “Duquesa de Jaraguá”. Em 2016, a Seresta da Pitanguinha a homenageou com o tema de seu baile carnavalesco, “Cacá Lulú em Cena!”.
Aposentada da Ufal, continua a escrever e a realizar palestras sobre Cultura Alagoana, além de participar da Missão Rio São Francisco, na Ilha do Ferro, em Pão de Açúcar, projeto de iniciativa particular, juntamente com profissionais ligados à arte, brasileiros e franceses.
Como pesquisadora e escritora, é autora de várias publicações, destacando-se: “Alagoas – roteiro cultural e turístico” (em coautoria com Solange Lages, José Abílio Dantas e Pierre Chalita); “Carrapicho – cerâmica e arte”; “Aspectos da Cultura Popular de Alagoas”; “Rendeiras de Riacho Doce”; “Guia Cultural de Penedo”; “Alagoas – cultura e tradição”.
Pela editora do Instituto Arnon de Mello, foi a responsável pelo setor cultural e coautora das seguintes obras: “Alagoas Memorável – Patrimônio Histórico e Artístico”; “Mestres Artesãos das Alagoas”; “Folguedos e Danças Populares de Alagoas”; e “Enciclopédia dos Municípios Alagoanos”.
Em coautoria com Douglas Apratto Tenório, escreveu: “Alagoas de Pierre Fatumbi Verger”; “Os Caminhos do Açúcar em Alagoas”; “O Rio São Francisco – um ninho de cultura”; “Cartofilia Alagoana”. Com Cíntia Ribeiro editou: “Alex Barbosa: O homem, o Espaço e a Paisagem Inventada”.
Ticianeli, parabéns por contribuir para a preservação da história de Alagoas.
Parabéns para Carmen Lúcia. Merece o prêmio, sem dúvida.