Big Brother do Brasil do Brasil

Miguel Gustavo de Paiva Torres

Exausto pela mesmice do jornalismo brasileiro e mundial, especialmente do atraso político do Brasil do Brasil, mergulhei de cabeça na piscina da casa do Big Brother da Rede Globo e acompanhei e continuo, nesta reta final, acompanhando os últimos dias das mentiras e das verdades.

Quando você vai envelhecendo e se despedindo do seu tempo de vida e de sua época histórica, ver e ouvir a gente jovem é uma viagem na história dos humanos.

A famosa Rede Globo colorida do Brasil do Brasil, mais conhecida como Globo Lixo na arena política do país ao longo das últimas décadas, terminou sendo o grande veículo de construção do novo Brasil do Brasil, pela sua vanguardista decisão de incorporar os grandes temas da pós-modernidade em todas suas dimensões: negros, gays, mulheres, deficientes, todos hoje fazem parte do elenco da telinha mais vista do país. Foi um trator que fez a terraplanagem do Brasil do futuro: que vai ser assim: inclusivo e completo.

As personagens mais interessantes e reais estavam todas confinadas em uma só persona, por 100 dias, em busca de um pote de ouro em baixo do arco-íris. Mas, na verdade era muito mais do que isso: um encontro de antigos novos amigos e amigas unidos pela argamassa de uma cultura e de uma paisagem comum: a aridez social do Brasil.

Cada um e cada uma têm o direito de escolher o seu herói ou a sua heroína nessa trama da realidade: eu escolhi Giovanna Marinho, a Pitel.

Não pelo fato de ter o meu sotaque de menino e de ser minha conterrânea da beira da Lagoa do Mundaú.

Escolhi por ser a mais jovem e, ao mesmo tempo, a mais velha e mais madura de toda a fauna reunida na Casa.

Por suas qualidades morais, humanas, afetivas e reais.

Entre mentiras e verdades é sempre bom descobrir verdades. Pitel é pura verdade e se soma ao panteão das grandes mulheres das Alagoas e do Brasil. Um abraço afetuoso para você, querida Pitel.

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