A desinteligência o golpe de estado e a corrupção
Miguel Gustavo de Paiva Torres
Ora pois. Se você pretende tomar o poder, instalar a ditadura e proteger a corrupção dos seus amigos, no Breviário da missa da defunta democracia, não pode faltar a religião dos livros, balas e boi gordo no bolso dos torturadores e do povão.
Vejam bem. O Brasil vive uma farsesca democracia desde 1986. 13 anos de esquerda no primeiro momento e agora mais dois de uma salada de esquerda com catchup e mostarda no centrão do sanduíche de mortadela.
Políticos profissionais das capitanias hereditárias. 500 anos e lá vai fumaça de ações entre amigos no Executivo, Legislativo e Judiciário. Dos anões do orçamento ao assassinato de Marielle Franco, a única novidade no cenário foi a honestíssima família Bolsonaro e o novo Moisés da terra prometida, Pablo Marçal.
É a República dos pobres e marginais. Para consolidação desse destino do desatino você tem que aplicar a receita da infalibilidade do Papa. O comando único e universal. Portanto, não pode haver essa fantasia do Estado de Direito democrático.
É necessário eliminar de uma vez por todas os três pilares fundamentais de uma suposta democracia constitucional: Implodir as Forças Armadas; o Serviço Diplomático profissional e concursado, idealizado e posto em prática pelo Visconde do Uruguai nos idos de 1853 e; mais importante, acabar de uma vez por todas com o nefasto Serviço de Inteligência que deve ser colocado instrumentalmente ao serviço do ditador de plantão para vigilância de pessoas da sociedade civil com leitura e educação; capangas policiais armados e adversários da arena da política profissional.
Liberdade de imprensa e de expressão nem pensar. Vá criticar sua mãe não a nossa. É assim que se faz nas repúblicas bananeiras desde sempre e nos Estados Unidos e Brasil a partir dos nossos novos projetos de país e vida comunitária.
O mais nefasto é o serviço de inteligência. Este serviço não pode ser um serviço do Estado, tem que ser e só pode ser um serviço pessoal do ditador de plantão, família e amigos. A primeira coisa a fazer com essa gente que olha pelo buraco da fechadura é matar de morte morrida: pela fome e mendicância. Corte de custos para o equilíbrio fiscal é o mote do politicamente correto. Sem dinheiro. Sem celular na sala de aula e no trabalho de campo. Cegos na escuridão de uma vigilância constante da nossa leal e fiel polícia de “Estado”. Acabar com essa turma que mete o bedelho onde não é chamada. Venceremos é claro. É necessário, porém, seguir ao pé da letra as instruções deste Breviário da nova política. Forças Armadas, Diplomacia e Serviço de Inteligência para a lata do lixo. O poder e o dinheiro é nosso e fim de papo. Mais democrático e constitucional não poderia ser. Tamos juntos brother.